segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Vitiligo em Pequenos

O Vitiligo atinge 4 milhões de pessoas somente no Brasil, mas apesar do número expressivo, a doença ainda é pouco compreendida pela maioria da pessoas

Por: HD Press Assessoria de Comunicação – Sempre Materna

Em primeiro lugar é necessário esclarecer que o Vitiligo não é contagioso. A doença é caracterizada por manchas claras na pele que não descamam, não coçam e não doem.

As dúvidas relacionadas ao assunto costumam aparecer durante a infância e no convívio escolar. É importante que as crianças que não possuem a doença recebam explicações sobre o tema. Desta forma é possível evitar qualquer tipo de constrangimento no momento do primeiro contato com alguém que apresente Vitiligo.

Com relação aos pequenos que são portadores da doença, é fundamental destacar que além do tratamento físico, as crianças necessitam de apoio psicológico, pois o Vitiligo envolve de forma acentuada o lado emocional. É recomendado o auxílio de um psicólogo, além de atenção, carinho e esclarecimento por parte dos pais e pessoas próxima

 Em relação à patologia, a boa notícia é que a cura é fato para o Vitiligo em todas as idades. Pesquisas recentes apontam que a repigmentação total da pele aconteceu em 80% dos pacientes submetidos ao tratamento, enquanto que os outros 20% apresentaram melhorias ou a paralisação da doença. Vale lembrar que a cura completa é determinada por fatores como estado psicológico do paciente, estágio da doença e dedicação durante o tratamento.

Segundo especialistas, é comum o vitiligo iniciar-se na infância. De acordo com dados recentes, aproximadamente 25% dos casos de vitiligo têm os primeiros sinais de despigmentação iniciados antes dos 10 anos de idade e em cerca de 50% antes dos 23 anos de idade. Menos de 10% dos casos aparecem após os 42 anos.  Mas, no caso das crianças a eficácia também já foi comprovada.

As manchas de vitiligo nas crianças podem aparecer em qualquer região, predominando em áreas de trauma (mãos,pés,cotovelos e joelhos) e face. Começam geralmente como manchas brancas e o diagnóstico pode ser difícil no início da doença, confundindo com manchas congênitas (como o Nevo Hipocrômico), que nem sempre são diagnosticadas ao nascimento. Exames específicos são importantes não só para o diagnóstico preciso. Mas, também, para  afastar outras doenças como o Hipotireoidismo.

Aspectos Emocionais
O tratamento do vitiligo em crianças requer abordagem não somente dos aspectos clínicos da doença mas também e, principalmente, de implicações psicossociais. “ Uma criança com manchas visíveis na pele requer cuidados especiais. Buscar possíveis fatores desencadeantes, já que frequentemente há aspectos psíquicos  e emocionais envolvidos é fundamental. É freqüente o surgimento da doença em crianças após perdas em várias esferas psíquicas, como separação dos pais ou falecimento de familiar ou pessoa próxima”, ressalta Alessandra R. Pereira, psicóloga do Projeto Sempre Materna.

Para Alessandra, o suporte psicológico é necessário, já que a condição do vitiligo pode ter um impacto profundo na imagem corporal das crianças afetadas. Em relação ao tratamento clínico a evolução é fato. Hoje além dos equipamentos de Fototerapia, há novos medicamentos na indústria farmacêutica que proporcionam mais segurança e eficácia ao controle e regressão da doença ainda na infância. “Importante ressaltar que baseado na minha vivência hospital quanto mais precocemente inicia-se o tratamento, maiores são as chances de sucesso”, finaliza a psicóloga

Fonte: http://semprematerna.uol.com.br/manual-bebe/vitiligo-em-pequenos